segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"O Último Tango"


Os decadentes dias e as crises do Paul


Alto, magro (tipo atleta), grisalho, bonito, viúvo, bem disposto e ainda na casa dos quarenta, o que mais ele poderia querer? A sua Mary de volta? A rotina de casado no Hotel? Não não, a Mary virou passado quando descobriram as suas traições. A sua grande preocupação é o seu amor bonito pela jovem Jeanne. Paul chegou ao ponto de exigir migalhas de um amor humilhado, que por muitas vezes preferira sofrer sozinho em um apartamento vazio e que pretendia alugar... Tentar o AMOR da sua Jeanne era uma batalha sem fim, batalha essa que nunca imaginou que fosse acontecer, o pacto foi apenas o “SEXO”, o gostoso “AMOR” de ambos.

O sentimento o invadia em todos os lugares, a dor daquele sentimento não correspondido despertaria angústia, desespero, perdendo assim a noção da ética... o macho de antes já não era o mesmo, se deixava levar pelo sentimento de amor da jovem parisiense...

Segue em imagem uma págima do livro, nela o autor relata um dos vários aborrecimentos do Paul.

Declaração do Editor na "orelha" do livro: "O último Tango" da seguinte forma: "É difícil provar a autenticidade de uma obra-prima como esta e muito mais árduo seria refutá-la, pois, onde o sexo brutal e depravado se mistura à sublevação do amor romântico, onde o ato de prazer se confunde com a vingança e com uma ânsia de aprender sempre mais, a realidade, a imaginação e as posições revelam um único e desprezível ser, fruto de nossa sociedade, cansado da violência do cotidiano e voltado ao século das delícias do amor e da corte, das maravilhas do encanto feminino e da masculinidade do homem. Um anjo e um monstro.

Cenas do Filme - O Último Tango em Paris
O Macho e a fêmea, Paul e Jeanne, dois estranhos, num encontro casual em um apartamento vazio, vivem as fantasias ou realidades de um amor verdadeiro, mas um amor com todas as permissividades. Paul, viúvo e quarentão, tenta e consegue transportar todo o seu ódio e desprezo para Jeanne, noiva e jovem, que o aceita e lhe serve de instrumento para as mais incríveis humilhações, mas, quem é o algoz e o quem é a vitima? Em três loucos dias de entrega total ao sexo e às suas variações, os dois seres se satisfazem mutuamente.

Enquanto que o mundo exterior é-lhes complemente desconhecido quando unidos, o apartamento vazio é o paraíso e fora dele são dois estranhos entregues a seus afazeres e obrigações. Não há nomes nem identidades, nada mais existe.

Fadada a ser uma das mais discutidas obras do século, "O Último Tango", contada por Maxine Rabel, é um romance de constate beleza, que tanto pode enojar como satisfazer. As posições sexuais variam da mesma forma que as psicológicas. Paul e Jeanne, não se satisfazem tanto com o sexo como se expressam e se comunicam por meio dele, e a brutalização do homem mostra um verdadeiro e autêntico valor - o amor.

Enfim, O Último Tango é a estória que só pode ser lida... é o coito pantomímico de cor alaranjada. Obra polêmica e audaz de sexo e morte em Paris"

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