sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira



O filme, Ensaio sobre a Cegueira, do português José Saramago é baseado no livro de mesmo nome com a direção do Fernando Meirelles.

O longa-metragem Retrata uma metrópoles com todos os problemas caóticos existentes.

Os personagens enfrentam situações insólitas com certa dosagem de otimismo e razão numa cidade misteriosa, e para quem conhece São Paulo, perceberá alguns pontos vazios onde normalmente é movimentado.

Tudo começa quando o personagem vivido por Yusuke Iseya, fica cego no trânsito, vendo apenas uma superfície leitosa, retratada por cegueira branca, posteriormente todos são infectados e levados para quarentena onde ficarão a serviço do Estado, chegando ao ápice do descaso humano.

Mantendo-se escondidos e longe da sociedade. Sem informações do mundo lá fora vivem de maneira cretina, havendo desavenças e prioridades em questões, como acontece numa sociedade capitalista, sendo que lá fora os problemas são repetitivos e sem soluções.

Os personagens não tem nome nem passado, apresentam-se como pontos positivos e negativos, mostrando apenas a realidade, como por exemplo: estupros, assassinatos e manipulações.

Fora de lá, são surpreendidos com o caos.

Pessoas mortas e outras comendo restos de comida é a única vitima que enxerga é a esposa do médico (Julianne Moore), que sofre ao ver a continuação do que aconteceu dentro da quarentena, muitas vezes transmitia um olhar de tristeza, como se não fosse interessante enxergar, camuflar seria a melhor saída.

Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Gael García Bernal e Alice Braga
Direção: Fernando Meirelles
Gênero: Drama/Romance

Uma noite na Led Slay

A cidade cheia de “criaturas esquisitas”...  È assim que as pessoas fazem referências aos roqueiros. Metrô ainda lotado,  apesar de passar das 23hs, diria que hoje em dia esse é o horário dos jovens saírem de casa, está tudo tão moderno, que começa a passar um filme pela minha cabeça, lembro-me que esperava tanto o domingo que nem lembrava o que tinha feito na semana, era aos domingos que podia fazer aquelas coisas emocionantes de adolescentes (tirando a missa de duas horas que tinha de assistir antes de aproveitar mais duas horas na praça), paquerar, ouvir música, tomar vinho escondido dos pais e em seguida aproveitar alguns minutinhos na matinê.

E meio há turbulenta multidão, encontram-se duas garotas magras de vestes pretas tentando camuflar-se sobre os corredores, para ser mais precisa, o destino certo delas  é a  Led Slay, casa de show voltado para um público específico, ou melhor dizendo, para os fãs Reavy Metal. Os jovens frequentadores se transformam, convém dizer, que tem características de um roqueiro nato, roupas pretas, acessórios prateados e muito lápis preto nos olhos [que chegam a transbordar] curtem a noite com o bom e velho rock in roll acompanhado de muitas drogas. O ambiente é classificado como “carregado”, paredes escuras, cheiros de álcool [como se tivesse impregnado em você] e muito vômito por toda casa.
O ambiente é divido conforme seu estado de espírito, alguns no canto da casa, outros no circulo de "bate cabeça" e o ambiente mais luminoso e o bar que tem em frente um chafariz que tem um muro de contenção de água que serve de assento.

Para quem preferir, a música não pára, são mais 10 bandas convers levando o público ao delírio, como se não tivesse fim, tudo é apenas curtição.
Por que pensar em outra coisa? Se quase todas aquelas pessoas estudam ou trabalham apenas de segunda à sexta. Chegou a minha vez. Quero curtir enquanto a lua existir, sem limitações, podendo fazer de tudo um pouco.

Muitas vezes parece uma busca pela razão, noutras, talvez procure sentido para o meu coração continuar batendo, deixando seus desejos mais loucos por trás daquela escuridão onde o palco é predominado de cabeludos suados sem pressa de ir embora, como se fosse uma renovação espiritual.
Todos saem com uma sensação de leveza.