terça-feira, 31 de janeiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Revolta dos Dândis II


A Revolta Dos Dândis II - Engenheiros do Hawaii

Composição: Humbeto Gessinger
Já não vejo diferença entre os
dedos e os anéis
Já não vejo diferença entre a
crença e os fiéis
Tudo é igual quando se pensa em
como tudo deveria ser
Há tão pouca diferença e há tanta
coisa a fazer
Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 patetas, os 3 poderes
Ascensão e queda, são os dois
lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa em
Como tudo poderia ser
Há tão pouca diferença
e tanta coisa a escolher
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo
Mas não há mais muito tempo pra sonhar
Pensei que houvesse um muro
entre o lado claro e o lado escuro
Pensei que houvesse diferença entre
gritos e sussurros
Mas foi engano, foi tudo em vão
Já não há mais diferença entre a raiva e a razão
Esquerda e direita, direitos e deveres,
os 3 porquinhos, os 3 poderes
Ascenção e queda, são os dois lados da mesma moeda
Tudo é igual quando se pensa em
como tudo poderia ser
Há tanto sonhos a sonhar
há tantas vidas a viver
nossos sonhos são os mesmos,a muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..
Nossos sonhos são os mesmos, mas muito tempo
mas não há mas tanto tempo pra sonhar..
Tempo pra sonhar
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..
Nossos sonhos são os mesmos, há muito tempo
mas não há mais muito tempo pra sonhar..
Entre o rosto e o retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre os outros e voces

Ah, o Brasil!


Aquarela do Brasil - João Gilberto
Composição: Ary Barroso

Brasil, meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil, prá mim, prá mim...
Ô abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do seu amor...
Quero ver a Sá Dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente
Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo admirá
Ô Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil,...Brasil! prá mim!... prá mim
Ô, esse coqueiro que dá coco
Oi onde eu armo a minha rede
Nas noites claras de luar, Brasil... Brasil,
Ô oi estas fontes murmurantes
Oi onde eu mato a minha cede
E onde a lua vem brincá
Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro,
Brasil!... Brasil!

Ah, o Brasil!

  

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Miséria Humana

O ato de desrespeito feriu mais uma vez o coração da população, que talvez, por razões que não as conhecemos, eles deram como encerrado o caso Pinheirinhos, por vez, os palhaços que brincaram de circo no interior de São Paulo estão em casa desfrutando um bom uíque e dormindo com suas luxuosas roupas de cama.
E os que foram tratados desdenhosamente? Como ficam?
Finalizo com um poema do Brecht

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


                                                        Brecht

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pinheirinho, uma tragédia anunciada

Em dezembro, os sem-teto já prometiam reagir à polícia, sob uma lógica de sangue por sangue 22 de Janeiro de 2012 às 20:21

A tragédia em São José dos Campos estava anunciada desde o dia 8 de dezembro. Nesse dia centenas de moradores da Ocupação Pinheirinho ocuparam o vão livre do Masp, ao lado de outros movimentos sociais. Estive lá e fiz um relato sobre as demandas dos sem-teto. Dias depois, publiquei um texto específico sobre o que iria acontecer na Ocupação Pinheirinho. O título era: "Sem-teto temem conflito do século em São José dos Campos". A narrativa era a senha do que, em boa parte, viria mesmo a acontecer neste domingo. Os sem-teto prometiam reagir à polícia, sob uma lógica de 'sangue por sangue'. Segue o texto original, como foi publicado no dia 16 de dezembro:
http://alceucastilho.blogspot.com/2011/12/sem-teto-temem-conflito-do-seculo-em.html

Sem-teto temem "conflito do século” em São José dos Campos

A cidade da aeronáutica tem em seu chão uma bomba-relógio social. Duas mil famílias de sem-teto correm o risco de serem despejadas, em São José dos Campos (SP), naquela que é a maior ocupação urbana – organizada - da América Latina. A Justiça decidiu em julho pela reintegração de posse. Mas o movimento dos sem-teto, disciplinado, promete enfrentamento: “Agora é fogo no pavio! Sangue por sangue”.

A frase acima foi uma entre as escritas em faixas e cartazes do Movimento Urbano dos Sem Teto (Must), durante ato na Avenida Paulista, na semana passada. Vejamos outras elas, para sentir a temperatura: “Ocupar, construir, resistir. Legalizar na marra ou na lei”. Ou então: “Trabalhadores de ambos os lados vão morrer”. Os líderes falam em “enfrentamento do século”.

As 9 mil pessoas da Ocupação Pinheirinho estão desde 2004 no local. Já foram construídas casas de alvenaria, em uma área de 100 hectares. O terreno pertence à Selecta, empresa do investidor Naji Nahas – famoso por ter quebrado a Bolsa dos Valores do Rio, em 1989. Em 2008 ele foi preso pela Polícia Federal durante a operação Satigraaha, acusado de crimes contra o sistema financeiro. A Selecta está falida. Seu único credor, o município de São José – pois nunca pagou IPTU.

Este blog conversou com o porta-voz do Must, Valdir Martins – conhecido como Marrom. Ele explicou que a radicalização parte da juíza que decidiu, em julho, pela reintegração de posse. Ela quer o terreno desocupado até o fim de dezembro. Por ora os sem-teto estão abertos à negociação. Mas não existe a chance deles aceitarem pacificamente a desocupação. No local vivem 2.600 crianças.

“Movimento é muito organizado, quase um soviet”, diz Marrom. Eles têm reunião de lideranças todas as segunda-feiras. Às terças ocorrem as reuniões de grupos. Sábado é dia de assembléia – com a participação de 4 mil pessoas. “Se tiver desocupação vai ter sangue por sangue", afirma o porta-voz. “Não tem condição de retroceder. Estamos muito preparados para reagir. E o governo sabe disso”.

O PROTESTO NA PAULISTA
Centenas de pessoas da Ocupação Pinheirinho estavam no vão livre do Masp, no dia 8 de dezembro. O ato foi reaizado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), pelo MST (regional Campinas) e pelos trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô. Todos seguiram em passeata pela Avenida Paulista (para o desespero dos motoristas) até a Rua Augusta, onde ocuparam o prédio do Banco do Brasil – no terceiro andar funciona o escritório do governo federal em São Paulo.

Durante o trajeto, mais palavras de ordem: “Ou é na lei... ou na marra!” A cena tinha seu toque surreal, diante de uma instalação de Natal da prefeitura paulistana. Abaixo de um Papai Noel gigante, símbolos do Banco do Brasil e da Rede Globo – em uma cidade que se recusou a ter outdoors.

Exatamente no prédio do Banco do Brasil os movimentos sociais reuniram-se com a chefe de gabinete do escritório regional do governo, Rosemary Nóvoa de Noronha. Ela ligou para Brasília e obteve uma audiência com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República. Ela foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 19 de dezembro.

Carvalho é o ministro encarregado da interlocução com movimentos sociais. Durante o governo Lula essa função cabia ao ministro Luiz Dulci. As lideranças de movimentos prezam essa interlocução – embora critiquem a ausência de políticas públicas de moradia e de assentamentos no campo. A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos, também estará presente.

OS SEM TETO E A POLÍCIA
Enquanto os manifestantes esperavam a reunião com Rosemary, no terceiro andar do prédio do BB (cedido pelo banco ao governo federal), eles gritavam palavras de ordem e cantavam. “Se matarem um daqui/ Não há o que temer”, diz uma das músicas de protesto. “Aqueles que mandam matar/ também podem morrer”. A polícia é citada como “contratada para matar trabalhador”.

São Paulo teve um conflito com mortes entre sem-teto e polícia, no dia 20 de maio de 1997, no governo Mario Covas. Durante a reintegração de posse na Fazenda da Juta, na zona leste (em Sapopemba), os sem teto reagiram com paus e pedras. Três deles foram mortos pelos policiais – que reagiram com balas. Segue o relato da DHNet, a Rede de Direitos Humanos e Cultura:

- Uma das vítimas foi morta por uma única bala na nuca, sugerindo execução sumária. Outro sem-teto foi morto com tiros no peito, enquanto o policial afirmou ter atirado em defesa própria depois de ter sido derrubado ao chão. No entanto, segundo o relatório do médico legista, a vítima fora alvo de dois tiros que atravessaram o peito em linha reta.

Por ALCEU LUÍS CASTILHO

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Carta Maior - Por Fábio Nassif, da aldeia Takwara (Mato Grosso do Sul)

Nove anos depois do assassinato do cacique Verón, expedição registra conflito de terra no MS

Expedição de profissionais ligados à questão indígena e militantes de diversas áreas ficará até o dia 25 na região acompanhando a situação dos indígenas. Iniciada no último dia 10, a expedição que homenageia o cacique assassinado por jagunços, a mando dos fazendeiros locais, produzirá um relatório e um documentário para denunciar as ameaças de morte e exigir a demarcação dessas terras indígenas. A reportagem é de Fábio Nassif.

No último dia 13 de janeiro, há nove anos do assassinato do Cacique
Marco Verón, liderança guarani-kaiowá de Mato Grosso do Sul, indígenas
da aldeia Takwara fizeram uma cerimônia em sua homenagem. O cenário
ainda é de violenta e cotidiana disputa pelas terras. A cerimônia,
chamada de Yvy ra'i nhamboaty, foi realizada durante uma expedição de
profissionais ligados à questão indígena e militantes de diversas
áreas, que ficará até o dia 25 na região acompanhando a situação dos
indígenas.

Iniciada no último dia 10, a expedição que homenageia o cacique
assassinado por jagunços, a mando dos fazendeiros locais, produzirá um
relatório e um documentário para denunciar as ameaças de morte e
exigir a demarcação dessas terras indígenas.

Motivada pela morte de 260 indígenas nos últimos nove anos, a
expedição, composta por geógrafos, jornalistas, psicólogos, advogados
e educadores, tem se deparado com os problemas vividos nas aldeias. A
pressão do agronegócio - principalmente da cana e da soja -, a
violência dos fazendeiros, jagunços e empresas de segurança privada,
a ausência - ou presença equivocada - do Estado fazem do Mato Grosso
do Sul um dos principais palcos de mortes indígenas.

Portas fechadas
No dia em que a equipe da expedição foi recepcionada pelos
guarani-kaiowá na aldeia Laranjeira Nhánderu, localizada no meio de
uma plantação de soja no município de Rio Brilhante, os responsáveis
pela fazenda colocaram caminhões e um globo de aço de arar terra na
entrada para impedir a circulação de pessoas no local. Dentro de
caminhonetes, homens armados rondaram a entrada da aldeia, deixando
todos em estado de alerta.

O gesto de intimidação foi respondido por contados da expedição com a
Funai, a Polícia Federal e entidades de direitos humanos. Para evitar
mais um ataque aos indígenas, decidiu-se telefonar para o
representante do Ministério da Justiça, Marcelo Veiga, para reforçar o
envio de ajuda aos indígenas.

Três agentes da Polícia Federal e dois da Funai chegaram ao local, e,
depois de conversar com os donos da fazenda, se entenderam com os
índios. A presença deles ajudou no desbloqueio do caminho, mas
explicitou as limitações desses órgãos para lidar com este tipo de
confronto.

Diferente do entendimento comum de que a Funai deve defender os
direitos indígenas, a responsável pelo órgão no estado, Maria de
Lourdes, afirmou que "o papel da Funai é mediar conflito entre os
fazendeiros e os indígenas", mesmo em casos como esse, onde a terra
está em litígio (aguardando julgamento) e historicamente pertence aos
guarani-kaiowa. Maria de Lourdes reconheceu que, em algumas áreas onde a expedição pretende passar, a Funai e a Polícia Federal não atuam
devido ao poder e agressividade dos fazendeiros.

Injustiça e violência
Também cercada pelas enormes plantações de soja, a aldeia Taquara
vive situação semelhante: rios poluídos pelo despejo de agrotóxicos,
tamanho limitado das terras que impede o plantio para subsistência,
indefinição jurídica do local e ameaças de morte. O cacique Ladio
Veron é um dos que estão marcados para morrer na lista dos
fazendeiros. Ele passou o seu aniversário lembrando do dia em que os
jagunços o seguravam, enquanto matavam seu pai na sua frente. Os
assassinos, mesmo condenados, vivem em liberdade.
Nos locais do assassinato e enterro do corpo do cacique Marco, sua
filha, Valdelice, segurando a neta Arami, reafirmou que "a luta do
povo guarani-kaiowa não vai parar". A água da chuva se misturou com
as lágrimas desta família, pertencente a um povo que resiste e vê
sangue jorrar em suas terras, desde a colonização até agora, quando o
projeto de desenvolvimento do país os condena à luta com fazendeiros e
à morte por envenenamento por agrotóxico

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma homenagem - Piry Reis

Exaltando o que há de melhor da Música Popular Brasileira
Piry Reis: Thereza

Piry Reis Biografia
Compositor. Arranjador. Cantor.

Dados Artísticos
Em 1970, gravou o LP "Vocês querem mate?", produzido por Roberto Quartin. Nesse disco, lançado pelo selo Quartin e distribuido pela gravadora Tapecar, contou com as participações de Geraldo Carneiro no piano, Wilson das Neves na bateria e Paulo Jobim e Danilo Caymmi nas flautas. Foram incluídas de sua autoria, entre outras,"Reza brava", "Chão vermelho", "Espiral", "Porta do sol", "Cupido esculpido" (...)
Obras
Alma delta (c/ Moema Campos)
Arte de amar (c/ Geraldo Carneiro)
As incríveis peripécias de Danilo
Cabaret da Lapa
Céu de Manágua (c/ Geraldo Carneiro)
Chão vermelho

Discografia
(1986) Rio zero-grau • Selo Carmo • LP
(1984) Caminho do interior • Selo Carmo/EMI-Odeon • LP
(1970) Vocês querem mate? • Selo Quartin/Tapecar • LP


Fonte : http://www.dicionariompb.com.br/piry-reis

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um Clássico

Ter ido ao show da Karen Souza, foi, digamos, uma descoberta, já gostava do trabalho dela, mas ao vivo, dispensa comentários.
O álbum que vendera mais 1,5 milhões cópias conta com clássicos dos anos '80 e '90.
Música do "The Police" na voz de Karen.

                                     

Every Breath You Take
The Police
Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take

I'll be watching you

Every single day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay
I'll be watching you

O can't you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take

Every move you make
Every vow you break
Every smile you fake
Every claim you stake

I'll be watching you

Since you've gone I've been lost without a trace
I dream at night I can only see your face
I look around but it's you I can't replace
I feel so cold and I long for your embrace
I keep crying baby, baby, please