sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Uma noite na Led Slay

A cidade cheia de “criaturas esquisitas”...  È assim que as pessoas fazem referências aos roqueiros. Metrô ainda lotado,  apesar de passar das 23hs, diria que hoje em dia esse é o horário dos jovens saírem de casa, está tudo tão moderno, que começa a passar um filme pela minha cabeça, lembro-me que esperava tanto o domingo que nem lembrava o que tinha feito na semana, era aos domingos que podia fazer aquelas coisas emocionantes de adolescentes (tirando a missa de duas horas que tinha de assistir antes de aproveitar mais duas horas na praça), paquerar, ouvir música, tomar vinho escondido dos pais e em seguida aproveitar alguns minutinhos na matinê.

E meio há turbulenta multidão, encontram-se duas garotas magras de vestes pretas tentando camuflar-se sobre os corredores, para ser mais precisa, o destino certo delas  é a  Led Slay, casa de show voltado para um público específico, ou melhor dizendo, para os fãs Reavy Metal. Os jovens frequentadores se transformam, convém dizer, que tem características de um roqueiro nato, roupas pretas, acessórios prateados e muito lápis preto nos olhos [que chegam a transbordar] curtem a noite com o bom e velho rock in roll acompanhado de muitas drogas. O ambiente é classificado como “carregado”, paredes escuras, cheiros de álcool [como se tivesse impregnado em você] e muito vômito por toda casa.
O ambiente é divido conforme seu estado de espírito, alguns no canto da casa, outros no circulo de "bate cabeça" e o ambiente mais luminoso e o bar que tem em frente um chafariz que tem um muro de contenção de água que serve de assento.

Para quem preferir, a música não pára, são mais 10 bandas convers levando o público ao delírio, como se não tivesse fim, tudo é apenas curtição.
Por que pensar em outra coisa? Se quase todas aquelas pessoas estudam ou trabalham apenas de segunda à sexta. Chegou a minha vez. Quero curtir enquanto a lua existir, sem limitações, podendo fazer de tudo um pouco.

Muitas vezes parece uma busca pela razão, noutras, talvez procure sentido para o meu coração continuar batendo, deixando seus desejos mais loucos por trás daquela escuridão onde o palco é predominado de cabeludos suados sem pressa de ir embora, como se fosse uma renovação espiritual.
Todos saem com uma sensação de leveza.

Nenhum comentário: