quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pearl Jam - Black

Agir como tiete - Eu amo essa banda, eu amo Eddie Vedder (ah, o Eddie Vedder, lindo!) e eu AMO essa música.
"Hey...oooh...
Folhas de pintura vazias
Peças intocadas de argila
Foram dispostas diante de mim
Como o corpo dele um dia esteve"


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Incrível Wim Mertens

É uma vergonha, mas devo confessar, num faz muito tempo que comecei a gostar de Wim Mertens... [Como todo mortal, conhecia apenas "Struggle for Pleasure", uma das mais conhecidas e uma das trilhas do documentário "Nós que aqui estamos por vós esperamos"]. Mas acho isso o menos importante, portanto, divulgo-o no meu humilde Blog.
Wim Mertens nasceu na Bélgica, em 14 de maio de 1953, é compositor, contratenor, vocalista, pianista, guitarrista e musicólogo e sua discografia é vasta (precisa de muito tempo para comnhecer melhor as suas composições que somam mais de 50 discos).

                                                                           


   
                    

Músicas de Wim Mertens que fizeram parte da trilha sonora do documentário descrito acima.

Theis Duet / His own thing / watch over me
Silver lining / Shot one / We'll find out
Wandering eyes / The fosse / Lir
Maximizing the audience / Darpa / Houfnice
Iris / Struggle for pleasure / 4 mains
To Keep them from falling / Often a bird
Out of the dust / Hedgehog's skin / Not me

Dicografia Wim Mertens

1980 - For Amusement Only - The Sound of Pinball Machines

1982 - At Home - Not At Home
1982 - Vergessen
1983 - Close Cover
1983 - Struggle for Pleasure
1984 - The Power of Theatrical Madness (Limited Edition Single)
1984 - A Visiting Card
1985 - Usura (under the band name Soft Verdict)
1985 - Maximizing the Audience
1986 - Close Cover (2)
1986 - A Man of No Fortune, And with a Name to Come
1986 - Hirose
1986 - Instrumental Songs
1987 - Educes Me
1987 - The Belly of an Architect
1988 - Whisper Me
1988 - After Virtue
1989 - Motives for Writing
1990 - No Testament
1990 - Play for Me
1991 - Alle Dinghe Part III: Alle Dinghe
1991 - Alle Dinghe Part II: Vita Brevis
1991 - Alle Dinghe Part I: Sources of Sleeplessness
1991 - Stratégie De La Rupture
1991 - Hufhuf (Single taken from Stratégie De La Rupture, including previously unreleased material)
1992 - Houfnice
1992 - Retrospectives Volume 1
1992 - Shot and Echo
1993 - A Sense of Place
1994 - Epic That Never Was
1994 - Gave Van Niets [Promo] [1994-11]
1994 - Gave Van Niets Part IV: Reculer Pour Mieux Sauter [1994-11]
1994 - Gave Van Niets Part III: Gave Van Niets [1994-11]
1994 - Gave Van Niets Part II: Divided Loyalties [1994-11]
1994 - Gave Van Niets Part I: You'll Never Be Me [1994-11]
1995 - Jeremiades [1995-04]
1996 - Entre Dos Mares [1996]
1996 - Lisa [1996-04]
1996 - Jardin Clos [1996-10]
1996 - As Hay in the Sun [1996-10]
1996 - Piano & Voice [1996-12]
1997 - Sin Embargo [1997-10]
1997 - Best Of [1997-11]
1998 - In 3 or 4 Days (Single taken from Integer Valor, including previously unreleased material)
1998 - Integer Valor
1998 - And Bring You Back
1999 - Father Damien
1999 - Integer Valor - Intégrale
1999 - Kere Weerom Part III: Decorum
1999 - Kere Weerom Part II: Kere Weerom
1999 - Kere Weerom Part I: Poema
2000 - If I Can
2000 - Rest Meines Ichs (Single accompanying Der Heisse Brei, not sold separately)
2000 - Der Heisse Brei
2001 - At Home - Not At Home
2001 - Aren Lezen [Promo]
2001 - Aren Lezen Part I: If Five Is Part Of Ten
2001 - Aren Lezen Part II: Aren Lezen
2001 - Aren Lezen Part III: Kaosmos
2001 - Aren Lezen Part IV: aRe
2002 - Years Without History Volume 1 - Moins De Mètre, Assez De Rythme
2002 - Years Without History Volume 2 - In The Absence Of Hindrance
2002 - Years Without History Volume 3 - Cave Musicam
2002 - Wim Mertens Moment Box set featuring Vergessen, Ver-Veranderingen (Previously recorded 1981 but unreleased), The Belly of an Architect, Struggle for Pleasure, Motives for Writing, Maximizing the Audience, Instrumental Songs, If I Can, For Amusement Only, Educes Me, At Home - Not At Home, After Virtue, A Man of No Fortune, And with a Name to Come
2003 - Years Without History Volume 4 - No Yet, No Longer
2003 - Skopos
2004 - Years Without History Volume 5 - With No Need For Seeds
2004 - Shot and Echo/A Sense of Place (including previously unreleased material)
2005 - Un respiro
2006 - Partes Extra Partes
2007 - Receptacle
2008 - Platinum Collection
2008 - L'heure du loup
2008 - Years Without History vol. 1-6 boxset (vol. 6 available only in this boxset)
2008 - Years Without History Volume 7: Nosotros
2009 - Music and Film (3-CD boxset with over 20 unreleased tracks)
2009 - The World Tout Court
2009 - QUA (Um box com 37 cd's já lançados, incluindo:Alle Dinghe)
2010 - Zee Versus Zed

Site de Wim Mertens: http://www.wimmertens.be/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

24 anos sem o 'Nosso" Drummond

Há 24 anos ficaríamos órfãos de um, dos grandes gênios da literatura brasileira.
 Nascimento
31 de outubro de 1902 - Itabira, Minas Gerais 
Morte
17 de agosto de 1987 - Rio de Janeiro, RJ

O Site "Literatura Brasileira.Net" resume um pouco do Drummond: "Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncia da opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra. A temática social, resultante de uma visão dolorosa e penetrante da realidade, predomina em Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945), obras que não fogem a uma tendência observável em todo o mundo, na época: a literatura comprometida com a denúncia da ascensão do nazi-fascismo. 
A consciência do tenso momento histórico produz a indagação filosófica sobre o sentido da vida, pergunta para a qual o poeta só encontra uma resposta pessimista.
O passado ressurge muitas vezes na poesia de Drummond e sempre como antítese para uma realidade presente. A terra natal - ltabira - transforma-se então no símbolo da atmosfera cultural e afetiva vivida pelo poeta. Nos primeiros livros, a ironia predominava na observação desse passado; mais tarde, o que vale são as impressões gravadas na memória. Transformar essas impressões em poemas significa reinterpretar o passado com novos olhos. O tom agora é afetuoso, não mais irônico".

Esse vídeo foi produzido pela montagem de outros filmes antigos de autores surrealistas como Bunel e Léger e arquivos históricos...

Voz de Paulo Autran e fundo musical Struggle for Pleasure- Wim Mertens.



Poema de Sete faces


Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do -bigode,
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?


A Flor e a Náusea

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Uma flor nasceu na rua!
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
E soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dueto - A Bela Zizi Possi e o Gênio Chico Buarque

A autora do livro, "Chico Buarque e os meus botões", Maria Stela Faciola Pessoa Guimarães, diz que, "Pedaço de mim é um diálogo entre mulher e homem no momento de separação, de perda, de despedida".

Interessante que não faz muito tempo ter ouvido de uma amiga da faculdade que essa música faz referência a história da Zuzu Angel, mas não sabendo ao certo da história me mantive de bico fechado... Bom, já tinha lido esse livro, mas não lembrava de nada, então, não quis duvidar...

Portanto, a única alternativa foi fazer uma segunda leitura do mesmo, narrando o descrito miudamente, sem deixar passar os mínimos detalhes.

Para tanto, Maria Stela, apresenta uma síntese histórica da música , "Os versos “Oh, pedaço de mim”, especialmente, bem como os demais, em certa medida, podem ser lidos com base na Bíblia Sagrada / O Velho Testamento / Livro do Gênesis. Depois de tratar da criação do céu e da terra e tudo o que neles se contém, da criação dos seres viventes e da formação do jardim do Éden, o livro de Moisés aborda como Deus criou a mulher":

“21. O Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu: e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar.

22. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher: e trouxe-a a Adão.

23. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne: esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada".

"Vale a pena observar a dramática riqueza das comparações escolhidas por Chico para conceituar saudade. Quando o verbo é exilar, a saudade é comparada com um barco (para lembrar viagem). Se o verbo é arrancar, o paralelo chocante é a morte de um filho. Se o verbo é amputar, a saudade é igualada à fisgada do membro perdido, explica Maria Stela".


“Oh, pedaço de mim
       Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus”.

Lamento - Comunique-se - Sem entrevista: Político tira microfone de repórter de afiliada da Globo e a intimida ao vivo

Por Silvana Chaves

Era uma tarde fatídica para a repórter Bianca Rosa. Ela, que trabalha para a EPTV, afiliada da Rede Globo em Campinas, estava na rua com a equipe de produção fazendo uma matéria a respeito de peças de motos que passaram a ser obrigatórias no trânsito da cidade.

Ao passar pelas ruas campineiras, porém, ela teve uma surpresa. “Estávamos passando de carro pela rua quando o nosso câmera que estava no banco de trás deu uma olhada na rua e comentou: ‘aquele ali não é o Lagos?’. A gente a princípio teve até um pouco de dificuldade para ver, porque estávamos no carro e ele (Francisco de Lagos ex-coordenador de Comunicação da prefeitura de Campinas, que está sendo investigado pelo Ministério Público (MP) por corrupção, formação de quadrilha e irregularidades na gestão) estava mais magro, abatido. Quando tive certeza que era ele, descemos, o câmera e eu, no meio da rua, deixamos o motorista no carro e o seguimos. Ele entrou numa ruazinha, parou na frente de um comércio e começou a conversar com um homem. Tanto é que, quando a gente chegou, ele estava de costas e tomou um susto. Ele ficou sem reação, estático e daí colocou a mão na câmera, para que não o filmássemos”, contou a jornalista ao Portal Comunique-se.

Essa poderia ser apenas mais uma típica cena de uma pessoa que não gosta ser filmada. Porém, Francisco de Lagos não é um homem comum. Ele é apenas o homem mais procurado pela imprensa de Campinas

Vídeo do encontro entre Lagos e os repórteres Bianca Rosa e Márcio Silveira na íntegra:

“Não me filme!... Você não tem o que gravar comigo!”


A repórter da EPTV Campinas explica que o relacionamento do ex-coordenador com a imprensa sempre foi complicado. “Ele não tem fama de muito gentil. Desde a época em que ele era secretário, ele nunca soube lidar com a imprensa. E esse fato expôs esse comportamento dele que até então era mais de bastidores, que não tinha chegado ao conhecimento da população a dificuldade que a imprensa tem para conseguir falar com ele", comenta.

Com o vídeo mostra, Lagos, aparentemente irritado com a presença da imprensa, arranca o microfone do cabo e das mãos da repórter e sai andando. Em seguida, tenta atacar a câmera, impedindo que sejam capturadas imagens dele.

O momento mais tenso do encontro, segundo a repórter, foi o momento em que a filha censura o pai frente às câmeras. “Na hora em que a filha dele gritou, mandando ele calar a boca e devolver o microfone que ele havia tomado de mim, a tensão chegou ao auge. Eu fiquei receosa. E ele ficou sem reação, olhando para ela. E é claro que eu, nós, tínhamos que ir atrás dele. Fiz o meu papel de deixar ele falar, de ouvir o que ele tem a dizer a respeito das investigações do Ministério Público, porque ele mesmo nunca se pronunciou à imprensa. E todo mundo quer ouvir o que ele tem a dizer, mas ele não quis falar, tomou o microfone da minha mão, se descontrolou. Em momento nenhum fui desrespeitosa ou mal educada com ele. Apenas pedi o microfone de volta ”, afirma Bianca.

Assista a matéria editada, que foi exibida no Jornal Regional, da EPTV Campinas, nesta terça-feira (2/8)

 
Ex-foragido

Lagos está envolvido em denúncias de corrupção na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), além de ser acusado de tentar atrapalhar o trabalho do MP, criando situações para adiar o depoimento da primeira-dama municipal e ex-chefe de Gabinete, Rosely Nassim Jorge Santos.

Segundo reportagem publicada na página da EPTV, as denúncias de supostas irregularidades que envolvem o ex-secretário e contratos com a empresa Normandie Comunicação Ltda, que pertence ao ex-genro de Lagos, alvo de uma auditoria na prefeitura.

Ele era integrante do alto escalão da prefeitura, mas foi exonerado do cargo na administração municipal no dia 24 de maio deste ano. Lagos já teve a prisão decretada duas vezes por formação de quadrilha a pedido dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que além desta, investigam irregularidades em diversos vários contratos firmados durante as gestões do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). Nas duas vezes, Lagos fugiu da Justiça.

Agressões gratuitas

Casos de intimidações e agressões a jornalistas no exercício da profissão por políticos não são incomuns no Brasil. O mais recente se refere ao senador Roberto Requião (PMDB-PR) que irritado, tomou o gravador da mão do repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes, após o jornalista ter perguntado a respeito da aposentadoria vitalícia que ele recebia como ex-governador. De acordo com o Senado, não houve falta de decoro por parte do parlamentar ao arrancar o gravador da mão de jornalista, em abril deste ano.

Outra situação que indignou jornalistas foi a agressão feita à repórter Márcia Pache, da TV Centro Oeste - afiliada do SBT em Mato Grosso -, pelo então vereador de Pontes e Lacerda-MT, Lourivaldo Rodrigues de Morais (DEM), conhecido por Kirrarinha. Em junho do ano passado, a emissora gravou o momento em que o político dá um tapa na repórter, que lhe fizera uma pergunta dentro de um prédio da polícia. Mesmo tendo respondido a processo, Kirrarinha foi eleito presidente municipal do DEM em julho deste ano. A repórter, no entanto, é quem vive uma prisão, sem poder sequer andar pela cidade com os filhos sem ser ridicularizada.

Origem: http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D59358%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D116092844176%26fnt%3Dfntnl

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"O Último Tango"


Os decadentes dias e as crises do Paul


Alto, magro (tipo atleta), grisalho, bonito, viúvo, bem disposto e ainda na casa dos quarenta, o que mais ele poderia querer? A sua Mary de volta? A rotina de casado no Hotel? Não não, a Mary virou passado quando descobriram as suas traições. A sua grande preocupação é o seu amor bonito pela jovem Jeanne. Paul chegou ao ponto de exigir migalhas de um amor humilhado, que por muitas vezes preferira sofrer sozinho em um apartamento vazio e que pretendia alugar... Tentar o AMOR da sua Jeanne era uma batalha sem fim, batalha essa que nunca imaginou que fosse acontecer, o pacto foi apenas o “SEXO”, o gostoso “AMOR” de ambos.

O sentimento o invadia em todos os lugares, a dor daquele sentimento não correspondido despertaria angústia, desespero, perdendo assim a noção da ética... o macho de antes já não era o mesmo, se deixava levar pelo sentimento de amor da jovem parisiense...

Segue em imagem uma págima do livro, nela o autor relata um dos vários aborrecimentos do Paul.

Declaração do Editor na "orelha" do livro: "O último Tango" da seguinte forma: "É difícil provar a autenticidade de uma obra-prima como esta e muito mais árduo seria refutá-la, pois, onde o sexo brutal e depravado se mistura à sublevação do amor romântico, onde o ato de prazer se confunde com a vingança e com uma ânsia de aprender sempre mais, a realidade, a imaginação e as posições revelam um único e desprezível ser, fruto de nossa sociedade, cansado da violência do cotidiano e voltado ao século das delícias do amor e da corte, das maravilhas do encanto feminino e da masculinidade do homem. Um anjo e um monstro.

Cenas do Filme - O Último Tango em Paris
O Macho e a fêmea, Paul e Jeanne, dois estranhos, num encontro casual em um apartamento vazio, vivem as fantasias ou realidades de um amor verdadeiro, mas um amor com todas as permissividades. Paul, viúvo e quarentão, tenta e consegue transportar todo o seu ódio e desprezo para Jeanne, noiva e jovem, que o aceita e lhe serve de instrumento para as mais incríveis humilhações, mas, quem é o algoz e o quem é a vitima? Em três loucos dias de entrega total ao sexo e às suas variações, os dois seres se satisfazem mutuamente.

Enquanto que o mundo exterior é-lhes complemente desconhecido quando unidos, o apartamento vazio é o paraíso e fora dele são dois estranhos entregues a seus afazeres e obrigações. Não há nomes nem identidades, nada mais existe.

Fadada a ser uma das mais discutidas obras do século, "O Último Tango", contada por Maxine Rabel, é um romance de constate beleza, que tanto pode enojar como satisfazer. As posições sexuais variam da mesma forma que as psicológicas. Paul e Jeanne, não se satisfazem tanto com o sexo como se expressam e se comunicam por meio dele, e a brutalização do homem mostra um verdadeiro e autêntico valor - o amor.

Enfim, O Último Tango é a estória que só pode ser lida... é o coito pantomímico de cor alaranjada. Obra polêmica e audaz de sexo e morte em Paris"